quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Portfólio - outros projectos




Fotografia: Edifício em centro artístico de Berlim.

Fotomontagens 2




Fotomontagens desenvolvidas no âmbito de diferentes projectos. Ferramentas: Sketchup e Photoshop.

Fotomontagens





Fotomontagens desenvolvidas no âmbito de diferentes projectos. Ferramentas: Sketchup e Photoshop.

Parque Agrícola de Caorle




Desenvolvido no âmbito do trabalho final de curso, esta é uma proposta para a criação de um Parque Agrícola na Região de Veneto (Itália). Em 2007 foi premiado com o 3º lugar no Concurso Jovem Arquitecto Paisagista promovido pela Urba Verde.

O homem, desde que o é, intervém na natureza deixando o testemunho das suas experiências, crenças e expressões, marcando a sua cultura na paisagem e traçando uma evolução que é apreendida pelo próximo e adaptada a cada tempo, inspirando e orientando a sua geração e as gerações vindouras.

Este trabalho inicia-se com uma temática que explora o percurso humano ao longo de gerações na intervenção da paisagem por necessidades alimentares, espirituais, artísticas ou simplesmente pela prova de poder sobre a mesma. A paisagem rural espraiada nas margens da laguna de Caorle é fruto das intervenções humanas para fins náuticos, produtivos e comerciais. A criação de canais deveu-se ao crescimento agrícola que a região verificou. Um local, onde sem o intuito de modificar a paisagem por razões estéticas ou ecológicas se criou uma simbiose entre elementos naturais e artificiais, resultando numa aumento da procura turista regional.

Sendo Palco de uma magnífica paisagem cultural que não vê o seu mérito totalmente reconhecido, sugere uma intervenção pensada e respeitante da sua tradição.

O parque agrícola de Caorle surge como resposta a esta necessidade, intervindo de uma forma preocupada que realça as poderosas potencialidades paisagísticas do espaço, e reacende o espírito cultural da região, numa estratégia sustentável ecológica e economicamente. Ao nível produtivo reformula o sistema agrícola, tornando-o passível de ser conjugado com áreas de percurso e recreio e técnicas de cultivo tradicionais, que associadas a actividades culturais formam uma centralidade atractiva ao turismo rural de natureza. A implementação da agricultura biológica adequa-se não são à componente cultural da região, como também à componente ecológica, por suprimir o uso de técnicas e fertilizantes poluentes.

Instalado numa zona de actividade agrícola cada vez mais descaracterizada devido à forte pressão industrial e urbana que se tem verificado, este projecto promete enquadrar o sistema edificado envolvente e recuperar a tradição agrícola, enquanto potencia a beleza natural tão típica desta região, agradando às antigas e novas gerações.

Uma proposta induzida pelas forças existentes no espaço, que ostenta as provas da presença humana com orgulho e actualiza a tradição aos tempos presentes e futuros.


Parque da Cidade de Lamego




Estudo prévio para o Parque da Cidade de Lamego. Proposta elaborada em colaboração com os meus colegas Arq. Victor Esteves, Arq. Sofia Pacheco e Arq. Sara Moras.

"A proposta desenvolveu-se em torno da recuperação do ecossistema ribeirinho do parque e incremento da diversidade biológica através da introdução de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas e a consolidação dos taludes por meio de técnicas de bioengenharia.

É proposta uma rede de caminhos a cotas diferentes (passadiços de madeira) o que permite uma maior interacção das pessoas com a área de intervenção e diversificar a oportunidade de percorrer o espaço em ambientes mais quentes e secos, nas zonas altas em relação à ribeira, ou mais frescos e húmidos, nas zonas junto à ribeira.


De forma a amenizar declives e proteger os solos de erosão constante incorporam-se no projecto técnicas de bioengenharia, o muro vivo de vegetação e a grade viva de vegetação. Estas alterações de terreno vão permitir o desenvolvimento de plantações e revestimentos de solo mais facilitados, a diminuição de escorrências de água e erosão do solo, melhorias de possibilidade de manutenção da área e incremento da biodiversidade pela constituição de novos habitats.

Ao nível das plantações foram seleccionadas espécies características da mata ribeirinha autóctone do tipo salgueiro, choupos, amieiro e freixo de forma a promover baixa manutenção e atribuir o carácter de espaço linear ribeirinho actualmente não existente.
"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Moradia Privada em Paços de Ferreira




Proposta para Moradia Privada em Paços de Ferreira desenvolvida ao nível do Estudo Prévio, sob a coordenação da Arq. Marisa Graça, quando trabalhei na empresa "Luís Aresta, lda." Grafismo em photoshop. 2009.

Concurso para a construção do novo Hospital de Évora




Concurso para a construção do Hospital de Évora. Um dos primeiros projectos que fiz quando trabalhei no atelier "Luís Aresta" lda." em 2009, sob a coordenação da Arq. Marisa Graça.
O terreno original era uma zona de montado fantástica. A nossa proposta baseou-se no respeito pela paisagem existente, possibilitando-a, no entanto, de novas utilizações para os utentes do Hospital. Uma vez que a área de intervenção era bastante grande e o edifício Hospitalar ficou concentrado no limite Norte do terreno, optamos por trabalhar bastante as áreas adjacentes ao edifício, propondo modernas praças rasgadas por zonas verdes, diferentes extractos de vegetação e zonas modeladas. O traçado proposto era bastante heterogéneo e repetia-se através de desenhos nos pavimentos das áreas pedonais.


À medida que nos afastamos do edifício a área é cada vez menos trabalhada, mantendo exactamente a paisagem original. A única intervenção feita na zona de montado foi a introdução de percursos em saibro, mobiliário urbano e muito pontualmente compridas bancadas cor ocre, nas zonas mais elevadas para observação da paisagem.

Foi criada um lago de retenção para aproveitamento das águas das chuva para a rega das zonas adjacentes ao edifício.

O resultado final surge numa proposta consistente, moderna e bastante equilibrada. Infelizmente não ganhamos porque apesar de tudo o que conta mais nestes concursos é a Arquitectura. A proposta vencedora incorporava um edifício muito bem conseguido, em consonância com a paisagem existente, desenhado pelo Arq. Souto Moura.

A nossa proposta foi desenvolvida em conjunto com a Aidhos (Espanha) - Arquitectura; e a Fase - Engenharia.

Concurso de ideias para o Parque de Málaga




Concurso de ideias para o Parque de Málaga, Espanha. Desenvolvido em colaboração com colegas na PROAP.

Reabilitação da Frente Ribeirinha de Santarém





Zooms á escala 1/500 do projecto da reabilitação da Frente Ribeirinha de Santarém para publicação em vídeo exposto na "Lisbon Waterfronts". Grafismo trabalhado em Autocad a partir do Plano Geral que se encontrava à escala 1/2000. Responsável pelo Projecto: Arq. João Nunes, PROAP.

Requalificação da Quinta Ashley




Projecto de recuperação da Quinta Ashley desenvolvido ao nível de Estudo Prévio na PROAP. Grafismo em AutoCad.

Jardim e Parque Infantil junto EB I Frejuje, Silva Escura, Maia





Jardim e Parque Infantil junto EB I Frejuje, Silva Escura, Maia. Coordenado pela Arq. Sara Moras. Colaboração no Projecto de Execução.

sábado, 9 de outubro de 2010

Rotunda do empresário




Rotunda do Empresário, Maia, 2009. Este é um daqueles trabalhos que nos deixam loucos no início de carreira, quando começamos a ver que todos aqueles pontos negativos que os professores sempre nos avisaram que um dia iam acontecer, acontecem.

O projecto foi-nos encomendado pela Câmara da Maia, com muita urgência pois queriam a obra feita o mas rapidamente possível. Fizeram-se várias reuniões, reformulações e exigências, pois apesar de este ser apenas um espaço de contemplação, a Câmara da Maia sabia que ía ter uma enorme projecção entre os seu habitantes, pois é uma centralidade na cidade, localizado num acesso importante, sendo observado por muita gente diariamente.

Fizeram-se as cedências necessárias (entre elas uma grande redução do projecto para diminuir o preço da obra) e entregou-se o projecto a tempo e horas associado a um plano de manutenção que iria orientar a empresa responsável pela manutenção dos jardins a transformá-lo, à medida que a vegetação ía crescendo, naquilo que tínhamos idealizado para o sítio – j densos maciços de arbustos rústicos e densos maciços de vegetação herbácea.

A obra fez-se, a inauguração também e a Câmara da Maia estava contente com o resultado.

1ºa semana após a inauguração – reparamos que tinham sido roubadas dezenas de plantas, restando agora apenas o buraco onde tinham estado anteriormente.

1ª mês após a plantação – acidente na rotunda. Uma das elevações de terra foi destruída, havendo necessidade de reconstruir e replantar parte do projecto.

3º mês após a inauguração – a zona de acidente foi retocada, mas nota-se que não está como quando foi construída. As plantas ainda pouco se notam. As que foram roubadas não foram repostas. E entretanto roubaram-se mais algumas.

6º mês após a inauguração – as plantas continuam a não ser repostas, começam a surgir algumas infestantes. O prado está alto demais. Os pinheiros não apresentam bom ar.

9º mês após a inauguração – as plantas infestantes tomaram conta do espaço. Já não há qualquer possibilidade de se conseguirem maciços arbustivos cerrados com as plantas inicialmente projectadas, porque são poucas para fazer esse efeito, e as infestantes conseguiram uma presença avassaladora. O prado parece mato. A chuva destruiu o maciço que tinha sido retocado existindo agora um buraco de terra no seu lugar. Os pinheiros estão castanhos. Está um soutien a prender um pinheiro e o seu tutor.

1 ano após inauguração – não há qualquer possibilidade de recuperação do espaço, A empresa de manutenção que aqui interviu inicialmente deixou de intervir, os motivos não os sei dizer. O espaço está francamente pior do que antes de sofrer esta intervenção. A Câmara da Maia que estava tão preocupada em baixar o custo da obra, com este acto de abandono foi como se tivesse deitado todo o dinheiro da obra ao lixo, apenas um ano após a inauguração

Às vezes o mais maravilhoso desta profissão, que é o trabalho com os elementos vivos e as forças da natureza, é o que mais frustra. É nestes momentos em que desejo estar a projectar apenas com blocos de cimento.

Jardim Metamorfose





Jardim Metamorfose, criado para o Festival de Jardins de Ponte de Lima de 2007 em conjunto com os meus colegas Ana Sofia Pacheco, Mariana Martins Soares e Victor Esteves.
Esse ano o tema era o "Lixo nos Jardins" e a nosso conceito baseava-se numa visão ecossistémica dos resíduos que neste espaço geravam vida. Foi um trabalho bastante plástico, considerando a reduzida dimensão do lote, onde o desenho, topografia e plantação foram trabalhados intensamente. Usaram-se materiais reciclados, raramente vistos em espaços públicos mas que aqui faziam todo o sentido, tornando este um espaço inovador. Concorrendo com projectos realizados por outros artistas, alguns dos quais também bastante interessantes, o Jardim Metamorfose destacou-se por ser um jardim “profissional”. Este festival foi um bom exemplo da diferença entre jardins feitos por Arquitectos Paisagistas, Designers Paisagistas, Arquitectos Civis e Engenheiros Agrónomos.

Esta é uma boa iniciativa de Município de Ponte de Lima que ajuda a dar conhecer o trabalho dos Arquitectos Paisagistas recém formados e que no meu ponto de vista serve como um bom workshop para a experiência do primeiro contacto com uma obra para muitos destes profissionais.